Quelatos ou quelatos ?

Os minerais quelatos são moléculas com um centro metálico, que estão ligados a duas ou mais moléculas de aminoácidos através de ligações químicas covalentes, formando uma única estrutura com características distintas das de seus componentes iniciais. Essa transformação química gera uma série de vantagens em termos de solubilidade, estabilidade, absorção e, principalmente BIODISPONIBILIDADE.

Em nosso dia-a-dia nos deparamos com várias substâncias e, às vezes, é fácil confundir uma reação química com uma simples mistura. Mas existem diferenças que não deixam dúvidas: os componentes de uma mistura podem ser separados por meios físicos. Já numa reação química, os componentes originais se transformaram em uma nova substância, portanto, não podem mais ser separados.

Os componentes de uma mistura conservam suas propriedades específicas. Numa reação, essas propriedades individuais desaparecem, e surgem novas. Na mistura, os componentes podem estar em qualquer proporção, enquanto numa reação as proporções entre reagentes e produtos são fixas (ou estequiométricas), não sendo possível manipular por exemplo o teor de um determinado componente no produto.

Vejamos como exemplo o Bisglicinato de Magnésio ou Magnésio Quelato. O Bisglicinato de Magnésio é formado pela reação química entre o átomo de magnésio e 2 moléculas do aminoácido glicina, gerando a molécula C4H8N2O4Mg.

A massa molar total desse composto é de 172,42 g/mol, e a massa molar do Magnésio é de 24,305 g/mol. Se fizermos a conta de quanto magnésio está presente no bisglicinato de magnésio, em base anidra, encontraremos:

% Mg = (24,305/172,42)∗100 = 14,10%

Logo, é impossível que o teor de magnésio dessa fonte seja diferente de 14,10% pois se trata de uma molécula de estrutura conhecida e que obrigatoriamente deve obedecer a essas proporções. O que pode variar é o teor de umidade e a presença de algum reagente.

O mesmo não ocorre para misturas, pois não é necessário obedecer a uma proporção fixa. Podemos colocar as substâncias de acordo com nossas necessidades e gerar diferentes teores do elemento magnésio. Porém, de nada adianta termos altos teores de minerais e não podermos absorvê-los por estarem em um formato que nosso corpo não consegue assimilar plenamente.

É muito mais benéfico consumirmos os minerais quelatos, que serão aproveitados ao máximo pelo nosso organismo. Os desconfortos estomacais são frequentes na utilização de fontes minerais inorgânicas, ainda que sejam misturadas com aminoácidos. Como já dito, uma mistura apresentará características dos seus componentes de forma individuais, logo, uma mistura de glicina e magnésio, não possui as mesmas propriedades do bisglicinato de magnésio.

Os quelatos de aminoácidos são altamente absorvidos pelo nosso organismo, pois ao passarem por uma transformação química, os minerais ficam neutros, estabilizados e protegidos de reações indesejáveis com outras substâncias presentes no nosso trato digestivo, chegando intactos ao intestino. Ali, os quelatos são absorvidos, e nosso corpo pode usufruir tanto dos benefícios trazidos pelos minerais, quanto das qualidades atreladas aos aminoácidos.

Já os minerais de fontes inorgânicas são facilmente dissociados ao entrarem em contato com os fluidos estomacais e estão sujeitos a uma série de alterações que podem causar prejuízo ao consumidor. A estabilidade dos quelatos só é alcançada devido as ligações químicas presentes entre o mineral e os aminoácidos. O mesmo não ocorre com as misturas, já que nesse caso, os componentes só estão próximos uns aos outros, mas não reagidos. Por isso não se engane, MISTURAR NÃO É QUELAR!

Mas como é possível saber se um determinado produto é um quelato ou apenas uma mistura?

Existem diversas análises laboratoriais que podem ser realizadas para comprovar a autenticidade de um quelato, estão entre elas: Espectroscopias de infravermelho e massas, absorção atômica, cristalografia de raio-X, ressonância magnética nuclear e etc.

Porém alguns laboratórios não possuem esses equipamentos tão específicos. Nesse caso, algumas análises simples, e combinadas, podem pode lhe dar um bom parâmetro sobre a autenticidade do produto:
• Análise de pH e das faixas de especificação
• Análise do Teor de Sulfato
• Reação do produto com a adição de solução de Ácido Clorídrico (simulando o ambiente estomacal)
• Solubilidade comparada com referência de quelatos puros ou descritos em farmacopeias.
• Aspecto do pó e da solução em comparação às referências conhecidas.
• Análise do teor nitrogênio (N)

Vamos novamente recorrer a estequiometria para comprovar a real composição de um produto. Dessa vez, vamos usar como exemplo o Bisglicinato de Cálcio, ou Cálcio Quelato. A formula molecular do Bisglicinato de Cálcio é C4H8N2O4Ca. A massa molar dessa molécula é 188,19 g/mol, e nela estão presentes 2 átomos de N, cada um com massa atômica de 14,0067 g/mol, totalizando 28,0134 g de N por mol de bisglicinato de cálcio. Logo:

% N = (28,0134/188,19)∗100 = 14,88%

Segue uma tabelinha com os principais quelatos e seus teores teóricos:

Quelato

Formula Molecular

Teor de Mineral (%)

Teor de Nitrogênio (%)

Bisglicinato de Cálcio

C4H8N2O4Ca

21,30

14,88

Bisglicinato de Cobre

C4H8N2O4Cu

30,02

13,23

Bisglicinato de Magnésio

C4H8N2O4Mg

14,10

16,25

Bisglicinato de Zinco

C4H8N2O4Zn

30,62

13,12

Picolinato de Cromo

C18H12N3O6Cr

12,43

10,04

 

Esses valores podem ser usados como NORTEADORES para o reconhecimento da autenticidade de um quelato, porém, são valores teóricos. Na prática existem variações como umidade, água de solvatação, estabilizantes e uma série de outros itens que podem causar interferências nesses dados, porém não podem fugir muito disso. Um valor de 2% para mais ou para menos parece bastante razoável.

Além disso, é muito importante saber que nem todos os minerais podem ser quelatados. Assim como pessoas, os átomos possuem características próprias que os diferenciam e nem todos fazem as mesmas coisas. Assim sendo, alguns minerais, devido a sua natureza química não formam quelatos quando tentamos reagi-los com os aminoácidos. Alguns deles são: Selênio (Se), Potássio (K), Silício (Si), Boro (B) e Fósforo (P). Para suprir a deficiência desses minerais em nosso organismo, precisamos buscar outras fontes. A ANVISA possui normativas que indicam quais as fontes indicadas/aprovadas para consumo de vitaminas e minerais.

Para alcançar benefícios reais é essencial que utilizemos fontes minerais que podem ser assimiladas pelo nosso organismo. A NPA tem orgulho de ser uma das poucas empresas no mundo a produzir autênticos minerais quelatados com aminoácidos. Busque qualidade para a sua saúde e para quem você ama, use sempre produtos de qualidade comprovada na suplementação nutricional.



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