Melhore a saúde do seu rebanho, previna-se contra a hipocalcemia

O cálcio é um componente essencial para o organismo. Está envolvidos na formação dos ossos, em contrações musculares, na transmissão nervosa, nos fatores de coagulação e participa também na regulação da ação de vários hormônios.

A famosa febre do leite, paresia puerperal ou hipocalcemia, é uma comorbidade do metabolismo que acomete vacas leiteiras.

Essa doença costuma aparecer entre pré-parto e o princípio da fase de lactação. É mais frequente nas primeiras 72 horas após o nascimento do bezerro. Mas também há relatos de aparecimentos tardios, de até dois meses após o parto. 

Podemos definir a hipocalcemia como a baixa quantidade de cálcio no sangue. Pela falta de minerais que auxiliam nas funções nervosas e musculares, essa deficiência faz com que o animal não consiga se levantar após o parto.

Algumas pesquisas apontam que entre 40% e 50% dos animais apresentam deficiência de cálcio, mas não de forma tão acentuada, tornando-se assim assintomáticos. Porém o número de animais que apresentam sintomas não é desprezível, ficando entre 3% e 15% nos rebanhos brasileiros. 

A maior incidência da carência de minerais está entre as vacas de leite mais velhas (a partir da terceira cria). Isso ocorre devido a menor reabsorção óssea de cálcio apresentada em animais com idade mais avançada.

Sintomas da hipocalcemia

Os sintomas da hipocalcemia variam de acordo com o grau de deficiência de minerais apresentado pelo bovino.

Praticamente todas as vacas leiteiras passam por uma hipocalcemia subclínica no início da lactação, porém, se não houver tratamento, os níveis podem continuar declinando até que se atinja a hipocalcemia clínica, podendo levar o animal a óbito.

  1. O animal reluta em movimentar-se e não se alimenta, a temperatura do corpo é normal. Ocorre uma hipersensibilidade dos nervos condutores e dos músculos, gerando sintomas como tremores musculares, excitação, anorexia, ataxia e debilidade geral.
  2. O animal é incapaz de se levantar, perde sensibilidade de forma gradativa desde a pélvis até a cabeça, o focinho fica seco e as extremidades frias, com temperatura normal, ou abaixo do normal. Os olhos ficam secos e fixos com as pupilas dilatadas e pálpebras semifechadas. O pulso enfraquece e a pressão venosa mantem-se baixa. Algumas complicações frequentes são a retenção de placenta e o prolapso do útero assim como a consciência deprimida, a aparência sonolenta com a cabeça voltada ao flanco.
  3. Em casos mais avançados, os sintomas são mais graves. O animal entra em decúbito lateral, estado de coma e apresenta completa flacidez. Sua frequência cardíaca é aumentada e irregular, com o pulso quase imperceptível A respiração é diminuída e ocorre uma queda na temperatura. Nesses casos existe uma real chance de óbito.

O que causa a hipocalcemia?

A hipocalcemia puerperal é uma alteração metabólica decorrente da súbita mudança na demanda de Ca para suprir a produção de colostro e o início da lactação. Os níveis e cálcio no sangue são regulados por vários de hormônios, um deles é o paratormônio (PTH). No período pré-parto, o organismo da vaca demanda menor consumo de cálcio, mas dietas geralmente são ricas nesse nutriente, o que acaba atrapalhando a ação do PTH. Assim as concentrações desse hormônio ficam abaixo do desejável e um segundo hormônio, a calcitonina, fica acima do esperado, gerando uma diminuição na reabsorção óssea do cálcio.

No dia do parto, a vaca prepara-se para a produção do colostro, que possui concentração de cálcio quase duas vezes superior ao do leite, o que demanda valores de cálcio muito acima do que os presentes no sangue do animal. Durante um período de 48 horas, ao qual chamamos de período de transição, o organismo tenta atingir um novo equilíbrio de Cálcio, momento no qual a vaca passa por um quadro de hipocalcemia. 

A hipocalcemia subclínica é menos grave para a saúde do animal, porém gera redução na produtividade do rebanho. Além disso, diversos estudos mostram que vacas com hipocalcemia subclínica são mais susceptíveis a doenças secundárias, que demandaram tratamentos e maiores gastos com o rebanho.

Fatores de risco para hipocalcemia

Algumas condições facilitam o desenvolvimento da hipocalcemia:

  • baixos níveis de hormônio da paratireoide;
  • níveis baixos de magnésio;
  • deficiência de vitamina D;
  • disfunção renal;
  • má alimentação;
  • pancreatite, entre outras.

Tratamento para a hipocalcemia

O tratamento dos sintomas da hipocalcemia é feito pela reposição de cálcio no organismo e deve ser sempre supervisionado por um profissional responsável.

A primeira dica é realizar o manejo correto de fornecimento de cálcio e  trabalhar com dietas aniônicas no pré-parto.

Caso seja diagnosticada a hipocalcemia é vital promover um aumento nos níveis de cálcio do animal. Uma boa forma de fazer isso é suplementar a vaca com cálcio bisglicinato, ou cálcio quelato. Por ser uma fonte quelatada com aminoácidos, sua absorção é mais veloz e efetiva, proporcionando um aumento no nível de cálcio no organismo muito mais rápido do que quando comparado a uma fonte inorgânica do mineral.

O Cálcio Biometal da NPA é um quelato autentico, podendo ser administrado na forma de um suplemento isolado ou incorporado na alimentação do rebanho.

Por meio da manipulação da dieta e de medidas adequadas de manejo durante o final da gestação a hipocalcemia pode ser reduzida a níveis mínimos, trazendo benefícios à produtividade leiteira, redução de custos e bem-estar dos animais.



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